terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Stargaze

A gente vive uns momentos tão bonitos na vida e parece que muito desses momentos ficam sem registro. O único registro é a memória. Eu estava lá, eu vivi. 
Tenho vivido coisas incríveis ao lado do Corujinha, muitos deles a gente tem registro em selfies toscas com caretas que não favorecem nossos narizes avantajados! HAHAHA Outros fica no coraçãozão da gente... E eu compartilho com vocês nesses meus estudinhos! :3

Esse foi feito com aquarela e lápis de cor em Canson Moulin du Roy, que é 100% algodão e favoreceu pra eu ir remendando as cagadas. A princípio detestei tudo, mas fui gostando nos dias seguintes. Agora tá aqui pendurado e me rendendo suspiros e sorriso. 

Essa foi a segunda tentativa que eu ajeitei algumas coisas no desenho em si (coloquei a roupa certa no Corujinha, ajeitei o ombro dele que tava todo errado, adicionei umas velas pra iluminação e mudei a lua.), dessa vez eu fiz no Canson Mix Media que é basicamente 200% celulose tudo o que eu tentava arrumar só piorava a situação. Nem o resultado, nem o processo me agradou. Fiz bem diferente do primeiro e não gostei. Deu tudo errado. Mas acho importante esse tipo de testes. 


Sigo

Queria começar o ano com uma postagem inspirada depois de sumir por tanto tempo. 
A verdade é que as coisas continuam como estavam: picos de otimismo, foco e determinação alternados a uma desesperança enorme, uma vontade de desistir (que chega a me assustar). A certeza que preciso estudar, preciso de disciplina, preciso respeitar meu tempo e viver um dia de cada vez, alternado a certeza lancinante de que tudo é em vão e é isso.
Ás vezes acho que eu que sou loucona. Mas se eu o sou, também são meus amigos. Ou desempregados, ou mal pagos, sem perspectivas de autonomia financeira de verdade, sem perspectiva de um momento para se estabelecer como "adultos de verdade". Talvez seja nosso momento. Um momento de desesperança em que queremos continuar tentando, em que queremos acreditar que vai dar tudo certo, que vamos dar todos certo. E a gente continua sonhando nossos sonhos que são os mesmo há muito tempo (apesar de não haver mais muito tempo pra sonhar). Fazemos piadas de nós mesmos, os memes nos tiram risos no ônibus lotado a caminho do trabalho. A gente segue.  
Não tenho palavras inspiradoras. Não me sinto particularmente inspirada. A gente segue porque precisa seguir. 
Passei uns bons dias sem desenhar, sem querer mexer com isso, pensar nisso. Até me dar conta que sentia saudades, que é isso que eu amo fazer, que é isso que eu estudo pra conseguir fazer, que é isso que meu braço coçar em momentos de desconforto em reuniões no geral. Abrir novamente o caderno e desenhar tem sido um expurgo, apesar de seu fardo. É tudo assim. É isso, mas também, ao mesmo tempo, é aquilo. As coisas são muitas coisas. São várias coisas ao mesmo tempo, coisas opostas. Minha salvação e danação residem na folha em branco. É isso. Sigo.

Paciência e fé, né não?
 


O Silêncio é seu amigo

 Faz tempo que não venho aqui. A verdade é que volto aqui quando preciso desse espaço: um lugar quieto que eu possa falar sozinha na interne...