sexta-feira, 1 de março de 2024

O Silêncio é seu amigo

 Faz tempo que não venho aqui. A verdade é que volto aqui quando preciso desse espaço: um lugar quieto que eu possa falar sozinha na internet. Um cantinho meu pra falar sozinha e mostrar para os amiguinho, se eles quiserem ouvir, meu barulho. 

Eu acompanho newsletters de semi-conhecidos (vulgo gente da internet que nunca tive nenhum contato, mas tenho uma relação parassocial porque leio as newsletters) há alguns anos já, e algumas vezes, são relatos simples sobre tópicos cotidianos, uma visão interna sobre suas criações. São pessoas que, por qualquer que seja o motivo, me atraíram para dentro de seu universo e não tem medo de mostra-lo. 

Eu costumava não ter medo da internet. Eu costumava não ter medo de tanta coisa. E talvez eu esteja voltando a não ter. Eu não tenho autoestima pra escrever algo que vai direto pra sua caixa de e-mail, mas eu não tenho medo de mostrar o processo. Não aqui. Pra quem quer que você seja. 

Perdi o emprego no começo do ano. Era uma empresa que existia há oito anos, que eu já estava há mais de dois. Ninguém imaginava que ela daria um golpe em todos os funcionários e se desfaria no ar.  Ninguém estava esperando. Eu não estava. Eu não estava contando com "ficar sem emprego" pras minhas previsões de ano novo. Mas aconteceu. E cá estamos. Com muito tempo e sem saber ao certo como direcioná-lo.  

Decidi tomar um tempo pra mim. Quando tive o burnout, fiquei afoita em voltar rápido para o trabalho com medo de ser prejudicada posteriormente. Minha saúde mental foi prioridade por um mês e meio. Em anos, tive um mês e meio focado em viver no presente e presenciar o silêncio. E foi tempo suficiente pra eu conseguir voltar a pensar, mas me deixou com uma pulga atrás da orelha. Onde posso chegar se tiver mais tempo? O que você faria se tivesse todo seu tempo a sua disposição? Quem você se tornaria? 

São essas algumas das perguntas que estou me fazendo agora. (Eu sei que isso envolve muitos privilégios, eu não ignoro isso, não transforma isso daqui no twitter. Não to disposta a transformar isso numa grande culpa dos privilégios que eu tenho. Isso não vai levar a nada. Eu vou usufrui-los.)

Eu sinto que, por mais que eu tenha voltado a ser funcional, faz muito muito tempo que eu não consigo entrar em exercícios reais de pensamento e de desenvolvimento de ideias. 

Aqui pretendo documentar esse processo. Seja lá pra onde ele caminhe. Bem-vinde ao processo. 

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Burn Babe, Burn

 Estou afastada do trabalho há algumas semanas devido a um burnout, nesse tempo tive a oportunidade de entender um pouco o que é um burnout, mas só um pouco, porque uma das coisas que acontece é que sua cabeça começa a não funcionar muito bem. Eu não percebi. É que nem quando você é burro, quem sofre são os outros. Quando você tá numa espiral de auto-destruíção também é assim, quem percebe são os outros. Pra mim, eu conseguia perceber que as coisas estavam piores, mas não sabia pontuar exatamente como e não conseguia dar o devido peso a essas coisas, já que não conseguia nomeá-las direito. Foram alguns meses até eu aceitar que realmente precisava de ajuda. E, no caso do burnout, a ajuda vem muito na forma de tempo. Eu precisava de tempo. Eu ainda preciso, as coisas ainda estão acontecendo, só que o ritmo já se acalmou. Tempo E medicação. No meu caso, atualmente, algumas. E medicação é chato. Tem efeito colateral, tem período de adaptação, as vezes não dá certo. Enfim. 

Nesse tempo, a vida tem passado em outro ritmo. Nas primeiras semanas, eu parecia uma batata. Mal conseguia formular uma frase inteira de pensamento. Passei dormindo e vendo televisão, mas mesmo televisão tinha que ser coisas que não exigissem demais de mim. Era desesperador. Eu agradecia por estar viva e por estar conseguindo finalmente me cuidar, ou como diria Eliza “Look at where you are, look at where you started, the fact that you’re alive is a miracle. Just stay alive, that would be enough”(para referência, buscar música “That would be enough” do musical Hamilton). Para além disso, eu me sentia burra. E não burra do jeito que eu me sinto quando ouço pessoas que entendem de alguma coisa debatendo sobre ela. Burra de não conseguir formular um pensamento lógico, de não conseguir criar soluções lógicas para as coisas. Eu fazia tudo de um jeito lento e burro. E eu fazia quase nada todos os dias. 

A única coisa que eu faço todos os dias e coloquei como parte fundamental da minha nova rotina é o que eu chamo de “wake up slow hmmm hmmm wake up slow” (para referência, buscar a música “banana pancakes" do Jack Johnson). Que consiste em acordar lentamente, preparar meu café da manhã com calma, tomar minha medicação e escrever de seis a dez páginas de baboseiras que vem a minha cabeça pela manhã. As vezes, mais recentemente, até ensaiar uma poesia. Sem métrica, sem rima e quase sempre sem graça, entretanto, é minha diversão matinal. Aquela certeza que vai acontecer todos os dias e que me motiva a levantar. 

A casa ganhou outros ares nesses tempos também. Minhas plantas gostaram de receber mais atenção e cresceram vigorosamente. Assistir elas reagindo a mudança na umidade do ar, na iluminação, na quantidade de água que eu lhes dou ou no vaso novo que as coloquei, tem ocupado meu tempo também. 

Junto com me afastar do trabalho, me afastei de algumas outras coisas também. Acontece que, apesar de burnout ser considerado uma condição vinculada ao trabalho, você pode ter um burnout relacionado a qualquer coisa. Eu não sabia (e não sei ainda) pontuar exatamente o que me trouxe até aqui, então resolvi tirar tudo o que parecia que estava me sobrecarregando (o que dava pra tirar né). Troquei minhas senhas do Twitter e do instagram para que eu não conseguisse acessa-los. De repente, meu celular não parecia mais um objeto atraente que eu buscava constantemente, ele se torna um dispositivo que as pessoas usam para conversar comigo. E as vezes faz falta, as vezes eu sinto que as pessoas vão se esquecer de mim porque eu não estou mais presente dando likes e respondendo postagens com comentários que eu me esforço tanto pra parecer cool (gente, nunca fui cool, desculpa se alguém acreditou nisso). Eu não quero voltar. Eu sei o quanto eu não sei usar. Eu tenho uma relação problemática com a internet antes mesmo das pessoas saberem que era possível ter uma relação problemática com a internet. Lá em 2003 tenho página diários falando como eu estava viciada e passava o tempo criando blogs (oi, tudo bem? Rs). Não sei brincar, me tranco pra fora. 

Todo ano eu gravo um vídeo depoimento contando como está minha vida, já faço isso há alguns anos. Era pra eu ter feito isso em junho. Gostaria que eu tivesse feito, pra comparar e ver como o tempo tem me ajudado. Ele não cura tudo, mas ajuda demais em muita coisa. Tenho me sentido melhor e em breve devo voltar ao trabalho, dessa vez prestando mais atenção em tudo que eu faço e buscando fazer uma coisa de cada vez. Eu vou ficar bem. 

sábado, 14 de dezembro de 2019

Um bom ano

Não sei se você se lembra, naquele dia na porta do aloha, enquanto nos beijamos, talvez pela primeira vez, alguma música romântica de filme começou a tocar ao fundo (seguida provavelmente por alguém cantando ela meio mal - afinal estávamos num karaokê) e eu, em tom de deboche, disse que era brega. Você sorriu e disse que gostava, talvez disse que achava fofo ou romântico, algo delicado e tímido que você diria. Talvez tenha sido aí que eu me dei conta de que estava na presença de alguém especial. Você não teve medo de viver um momento romântico, você não teve medo de ser frágil. Aquilo me deixou levemente atônita. Momentos antes você estava travado sem conseguir achar a brecha certa para me beijar e no instante seguinte estava ali, completamente exposto. Que ousadia.
Que ousadia ser alguém entregue e romântico nos dias de hoje em que tudo é descaso e passageiro. Eu te quis. Eu te quis muito. Eu quis entender de onde vinha aquela força, quis partilhar dela.
Eu quis viver num mundo não-irônico onde gostar de uma música romântica era acreditar no amor. Tudo o que eu queria era acreditar. E naquele momento, seu dar de ombros foi um "por que não?". 
Você me estendeu a mão e me levou contigo.


segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Anima Mundi 2018


Entrada no Memorial da América Latina
Anima Mundi é o maior festival de animação da América Latina e nessa última semana (01 a 05 de agosto) teve sua 26ª edição na cidade de São Paulo. É um festival que eu tenho muito carinho e apreço, ano passado eu falei um pouquinho dele e da minha relação com animação nesse post aqui. Esse ano achei que seria legal fazer o mesmo para compartilhar as animações que mais me impactaram e as coisas bacanas que aprendi nesses 5 dias de evento.

Novamente, graças a ventos felizes do destino, consegui estar presente no Anima Forum em que diversas pessoas da área apresentaram Masterclasses.

A primeira foi com Jean-Louis Padis que é diretor de fotografia para animação em Stop-Motion, trabalhou em curtas como Negative Space que ganhou prêmios ao redor do mundo (inclusive concorreu ao Oscar), e ele trouxe muito dos aspectos técnicos da prática com relação a iluminação e câmera, foi extremamente técnico e enriquecedor.
O segundo dia, e confesso que o dia em que estava mais ansiosa, trouxe Anitta Doron, roteirista que trabalhou no longa A Ganha Pão, do estúdio irlandês Cartoon Saloon. O filme trás a jornada de uma garota afegã que tem que se passar por um menino para conseguir prover para sua família enquanto o pai está preso. Anitta falou sobre as dificuldades de quebrar nossa visão ocidentalizada ao contar uma história centrada em outra cultura. Foi um papo gostoso em que ela se mostrou extremamente acessível, apontando diversas vezes que as coisas que nos conectam muitas vezes falam mais alto do que as aparentes diferenças.
O terceiro dia trouxe Kevin O'Brien, roteirista da pixar que já trabalhou em diversos curtas e longas, incluindo Os Incríveis e Wall-e. A fala dele se focou em como conceber imagens que vendem a ideia que você quer passar em determinada cena e como, a partir de uma imagem principal, construir a ação para chegar nela. Ele é um cara que já está a muito tempo trabalhando com isso e é visível a experiência dele.
No quarto e último dia, o evento trouxe Matias Liecbrecht, animador brasileiro de Stop Motion que já trabalhou em produções com o Boxtrolls, Frankenweenie e mais recentemente em Ilha dos Cachorros, longa do diretor Wes Anderson que teve uma sessão especial no festival (falo disso mais pra frente).  Ou seja, ele está envolvido nas maiores produções atuais de Stop Motion e, poxa, BR! Ele contou um pouco da trajetória dele, das experiências dele como animador. E animou um ciclo de caminhada ao vivo no final desse bate-papo. Foi incrível! Stop motion é uma técnica tãaaooo assustadora, mas ele falou com uma paixão do negócio que foi impossível não ficar contagiada e curiosa! Foi incrível!

Além das Masterclasses do Anima Forum, assisti ao Papo Animado com o Wesley Rodrigues. Outro animador goianiense, dessa vez do 2D, que chama muita atenção pela sua produtividade, faz muito da sua produção sozinho e tá aí, lançando curtas lindos demais, com uma linguagem própria. Impressionante. Na sessão foram exibidos todos os curtas dele, ele comentou como foi sua estreia na animação e todos os lugares que isso acabou por leva-lo. Ao ser questionado sobre financiamentos, ele respondeu que precisava ter trabalhos paralelos para se manter, pois é muito difícil contar só com edital, sendo assim, o processo dele envolve começar a fazer o filme e ir tentando financiamentos enquanto ele está sendo produzido, se o filme fica pronto e não conseguiu nada, pelo menos ele está no lucro do filme ter sido feito. Seu trabalho que me chamou mais atenção foi o curta "Viagem na Chuva".


Apesar da vontade de ver todas as sessões, isso não foi fisicamente possível (Que pena). O ponto mais alto (mesmo), pra mim, foi o curta Love me, Fear me, um curta em Stop Motion que foi o trabalho de conclusão de curso Veronica Solomon, uma animadora americana morando em Berlim. Inacreditável. A descrição da obra é a seguinte:
"What would you be willing to do for them to like you? " 
LOVE ME, FEAR ME is a danced out story about the roles we play and the shapes we take, the music we follow and the stages we chose, the audience we try to impress and the price of acceptance. "And what if they don't like you enough?" 

(Em tradução livre: "O que você estaria disposto a fazer para que eles gostassem de você?"
Ame-me, Tema-me é uma história dançada sobre os papeis que interpretamos e as formas que tomamos, as músicas que seguimos e os palcos que escolhemos, as audiências que tentamos impressionar e o preço da aceitação. "E se eles não gostarem de você o suficiente?") 


Além das sessões de curta, assisti ao longa nacional Tito e os pássaros. Produzido pelo Split Studio, um estúdio de São Paulo. O filme teve sua primeira sessão nacional oficial no festival e foi muito bacana assistir sabendo que grande parte da equipe também estava presente e vendo o filme pela primeira vez. Ele trabalha a questão do medo como algo paralisante e algo a ser combatido e tem muitas pombas. O filme tá bonito!


Também teve uma sessão especial do longa Ilha de cachorro, do Wes Anderson, que o Matias participou! O filme está maravilhoso, vale muito a pena procurar pra assistir! E assim, é um stop motion, a gente tem que lembrar nosso cérebro no meio do filme que aquilo foi feito frame a frame a frame e que tudo que está na tela foi produzido manualmente e existe no mundo real. Gente. Demais. 


Um dos espaços do evento trazia exibição de curtas com óculos de realidades virtual (VR) e dos que eu vi, o que mais me chamou atenção foi o Wolves in the Walls, animação baseado no livro de Neil Gaiman com o Dave McKean. Além da realidade virtual, era possível interagir com a personagem e caminhar pelo cenário. Uma experiência bem interessante.


O festival não é só sobre as sessões e as palestras, toda a aura do evento é muito bacana, especialmente pra quem tem afinidade com a área. Sempre rola de reencontrar pessoas queridas e conhecer gente nova que também tá na batalha de produzir animação no Brasil. Tudo isso aquece demais o coração!

Eu e o Oswaldo
Assim como ano passado, vou deixar de bonus aqui uma animaçãozinha (tosca) que fiz em uma das oficinas enquanto esperava pela próxima sessão! :3



terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Stargaze

A gente vive uns momentos tão bonitos na vida e parece que muito desses momentos ficam sem registro. O único registro é a memória. Eu estava lá, eu vivi. 
Tenho vivido coisas incríveis ao lado do Corujinha, muitos deles a gente tem registro em selfies toscas com caretas que não favorecem nossos narizes avantajados! HAHAHA Outros fica no coraçãozão da gente... E eu compartilho com vocês nesses meus estudinhos! :3

Esse foi feito com aquarela e lápis de cor em Canson Moulin du Roy, que é 100% algodão e favoreceu pra eu ir remendando as cagadas. A princípio detestei tudo, mas fui gostando nos dias seguintes. Agora tá aqui pendurado e me rendendo suspiros e sorriso. 

Essa foi a segunda tentativa que eu ajeitei algumas coisas no desenho em si (coloquei a roupa certa no Corujinha, ajeitei o ombro dele que tava todo errado, adicionei umas velas pra iluminação e mudei a lua.), dessa vez eu fiz no Canson Mix Media que é basicamente 200% celulose tudo o que eu tentava arrumar só piorava a situação. Nem o resultado, nem o processo me agradou. Fiz bem diferente do primeiro e não gostei. Deu tudo errado. Mas acho importante esse tipo de testes. 


Sigo

Queria começar o ano com uma postagem inspirada depois de sumir por tanto tempo. 
A verdade é que as coisas continuam como estavam: picos de otimismo, foco e determinação alternados a uma desesperança enorme, uma vontade de desistir (que chega a me assustar). A certeza que preciso estudar, preciso de disciplina, preciso respeitar meu tempo e viver um dia de cada vez, alternado a certeza lancinante de que tudo é em vão e é isso.
Ás vezes acho que eu que sou loucona. Mas se eu o sou, também são meus amigos. Ou desempregados, ou mal pagos, sem perspectivas de autonomia financeira de verdade, sem perspectiva de um momento para se estabelecer como "adultos de verdade". Talvez seja nosso momento. Um momento de desesperança em que queremos continuar tentando, em que queremos acreditar que vai dar tudo certo, que vamos dar todos certo. E a gente continua sonhando nossos sonhos que são os mesmo há muito tempo (apesar de não haver mais muito tempo pra sonhar). Fazemos piadas de nós mesmos, os memes nos tiram risos no ônibus lotado a caminho do trabalho. A gente segue.  
Não tenho palavras inspiradoras. Não me sinto particularmente inspirada. A gente segue porque precisa seguir. 
Passei uns bons dias sem desenhar, sem querer mexer com isso, pensar nisso. Até me dar conta que sentia saudades, que é isso que eu amo fazer, que é isso que eu estudo pra conseguir fazer, que é isso que meu braço coçar em momentos de desconforto em reuniões no geral. Abrir novamente o caderno e desenhar tem sido um expurgo, apesar de seu fardo. É tudo assim. É isso, mas também, ao mesmo tempo, é aquilo. As coisas são muitas coisas. São várias coisas ao mesmo tempo, coisas opostas. Minha salvação e danação residem na folha em branco. É isso. Sigo.

Paciência e fé, né não?
 


terça-feira, 3 de outubro de 2017

Antes de dormir

Durante a semana mal saio do apartamento. Ele é grande e espaçoso, circulo sem pretensões de chegar a qualquer lugar. Os dias são quase todos iguais. Raramente algo acontece. Algumas semanas passam muito rápido. Outras, muito devagar. Vivo pela sexta-feira e pelo sábado. Não sei o que vai ser de mim quando meus cursos acabarem. O desespero me cutuca de leve quando me faço essa pergunta. Enlouqueceria sem uma perspectiva semanal de deixar essas paredes. Talvez seja isso o que me espera. Não sei para onde ir. Sei onde não quero ficar.
Olho cuidadosamente minha lista de contatos, busco um ombro amigo que vá ouvir a meus lamentos e não atribuir a ele importância alguma ao mesmo tempo em que entenda que, nesse instante, eles são tudo o que existe. Não busco soluções aos meus problemas. Não busco sermões. Ao passar os olhos sobre essa lista de contatos, busco uma confirmação de não estar sozinha no momento de lamento, na reflexão da impermanência. E, não raro, estou.
Minhas aflições se empilham ao lado da cama, enrolo-me no edredom, abraço ao travesseiro e adormeço entre preces de um sono tranquilo.

O Silêncio é seu amigo

 Faz tempo que não venho aqui. A verdade é que volto aqui quando preciso desse espaço: um lugar quieto que eu possa falar sozinha na interne...