segunda-feira, 31 de julho de 2017

Anima Mundi 2017


Sabe quando você precisa de uma coisa e nem você sabia direito que precisava dela e quando ela vem, tudo faz sentido e você pensa "nossa, eu precisava demais disso"? Foi esse festival nesse momento pra mim.


Eu amo cinema. Eu sempre amei cinema. E eu amo animação. Eu demorei um tempo pra entender que animação era a forma que eu mais amava de cinema e a forma de cinema que eu quero fazer. E no momento que isso ficou claro, isso ficou explicitamente claro e inquestionável. Só que... No meio de tanto estúdio grande fazendo tanta coisa pasteurizada, a gente não pode se esquecer a multiplicidade de coisas que a animação é e o tanto de gente envolvida em projetos que buscam coisas bem diferentes do "mercado". E festivais estão aí pra isso.

O Anima Mundi é o maior festival de animação da América Latina e esse ano completou 25 anos de existência, ele ocorre no Rio de Janeiro e em São Paulo, tendo também mostras itinerantes pelo Brasil. Dentro da programação deles tem a exibição de sessões competitivas e não-competitivas de curta metragem e de longa metragens, oficinas voltadas pro público em geral de stop motion, pixilation, tem o Papo Animado e o Anima Forum, que é um evento á parte voltado pra quem é da área mesmo. Esse ano em São Paulo, o evento tinha sessões no Centro Cultural São Paulo, no cinema Caixa Belas Artes, no Centro Cultural Banco do Brasil e na Cinemateca entre os dias 26 a 30 de Julho. 

Foi meu quarto ano de anima mundi e só fui descobrir o que eram as sessões do Papo Animado dessa vez! E assim que descobri fiquei determinada a ir em todos! Convidados escolhidos nacionais e internacionais exibem seu trabalho e conversam sobre ele, falando sobre sua trajetória profissional e de vida, falando sobre processo, sobre motivações. Esse ano assisti as palestras de Theodore Ushev, Walter Tournier, Michael Dudok de Wit e o filho e neto de Ruy Perotti. Também tive a oportunidade de assistir a palestra do Robert Valley no Anima Forum. Foram todas experiências bem inspiradoras e vi trabalhos muito, muito bons. 


Eu e o Heitor fizemos uma animaçãozinha tosca nos quinze minutos que tínhamos entre uma sessão e outra na oficina de massinha no CCSP, com personagens que criamos na hora (tá ali embaixo no Bônus, vai lá dar uma olhada).

Também tive oportunidade de conhecer pessoalmente animadores que conhecia o trabalho através da internet, trocar idéia com gente de outros lugares do Brasil e de adquirir o livro "Trajetória do Cinema de Animação no Brasil" que foi um projeto da Ana Flávia Marcheti que rolou pelo Catarse com a proposta de fazer um panorama da animação do país em comemoração aos cem anos do início dela por aqui, com um resultado bem bacana!

Vou colocar aqui alguns trabalhos desses caras que assisti no Papo Animado e que consegui achar online pra quem tiver interesse em assistir:

Blind Vaysha do Theodore Ushev:



Alto el Juego do Walter Tournier:

Father and Daughter do Michael Dudok de Wit:



Shinjuku do Robert Valley:



Através desse link você pode baixar o folheto do evento e ver todos os curtas e longas que foram selecionados: clique aqui

BÔNUS

terça-feira, 25 de julho de 2017

Cyclists are advised to dismount

Depois de anos sem entrar direito do tumblr, eu recebi um email da equipe deles e decidi abrir... E, se você não conhece o tumblr, eu vou te explicar de uma forma simples como funciona: você vai indo pra baixo da tela infinitamente enquanto coisas aleatórias aparecem. E ele já era assim antes de todas essas redes. Claro que quem você segue vai ser o que aparece no seu feed, mas a gente nunca sabe que tipo de coisa as pessoas (na maioria desconhecidos) que a gente segue vai postar. 
E lá fui eu,  nisso apareceu um monte de fotos antigas com casais de mulheres (depois fui pesquisar e o pessoal fala que é um casal mulher-homem nessa foto específica, mas vamos fingir que não lemos isso) e, entre elas, essa fotografia fantástica aí do lado. O que eu pensei na hora? Eu preciso desenhar isso. Foi o que eu fiz. Só que, depois de dias batendo a cabeça na parede, eu finalmente fiz uma ilustração que caminha no sentido que eu quero estar. 
Muito satisfeita, por ora. 
Ilustração feita com lápis de cor. 

Um Abraço perdido na TL

As redes sociais são um grande monstro, não é mesmo? O pessoal vem com o papo de "depende como você usa, depende sua relação com elas" e cara, me diz uma pessoa que não se sinta mal usando esse negócio que daí a gente conversa. E não um se sentir mal superficial... Superficialmente a gente tá rindo de memes, mas um desconforto não localizado que surge logo em seguida do impulso de abrir o facebook, o instagram, o que seja. Enfim, não posso falar pela experiência dos outros, só pela minha... E isso descreve bem a minha.
Porém as vezes aparecem algumas coisas no momento certo, como aquilo que você precisava ouvir, ou se lembrar, foi um pouco do que aconteceu ontem.  Estava eu descendo na timeline do facebook, lidando com minha falta de auto-confiança, falta de auto-estima, crises de ansiedade, auto-sabotagem... Quando eu cruzo o caminho com esse vídeo:



"And take your time babe
It's not as bad as it seems, you'll be fine babe
It's just some rivers and streams in between
You and where you wanna be"



Foi um abraço longo e gostoso, sabe? E achei válido compartilhar com vocês. 

sábado, 22 de julho de 2017

Um urso, quatro acabamentos

Fazia tempo que eu não desenhava ursos. Na verdade fazia tanto tempo que quando fui tentar, achei todos que fiz muito feio. Ontem comecei o dia desenhando um e gostei. Gostei e quis ver o que dava pra fazer com aquele desenho, sabe?

O primeiro que fiz foi esse, no sulfite finalizado com caneta pincel média:
Em seguida, (tive que scannear o desenho e imprimir menor pra passar a limpo porque o original estava um pouco maior que um A4) passei para o papel de aquarela e fiz uma primeira tentativa:


Eu gostei de vários aspectos da primeira tentativa, mas ainda achei que dava pra melhorar e fiz a segunda, com um pensamento mais voltado para "colorir" que "pintar, segue:


Não satisfeita, como eu já tinha tido que scannear mesmo pra diminuir pra passar pro papel de aquarela, peguei o arquivo scanneado e colori no photoshop. Foquei em colocar um padrão no fundo (que no fim das coisas foi a única coisa que valeu a pena rs). Esse mesmo passou por diversas fases e confesso que, mesmo nessa que parou, não fiquei tão feliz com o resultado. Mas né, como tudo, é um aprendizado! 


É isso aí, pessoal!
Beijos! o/

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Refazendo um desenho de 2008

Às vezes vejo um pessoal na internet refazendo desenhos antigos e fiquei muito afim de fazer isso. Achei, erroneamente, que ia ser uma tarefa tranquila, afinal, estou há tantos anos estudando, é evidente que alguma coisa eu melhorei.
Escolhi uma ilustração em que a proposta era desenhar minha casa dos sonhos no que, na época, era meu terreno dos sonhos. Na nova versão, mantive o mesmo conceito e tentei manter o enquadramento e alguns dos elementos que considerei importantes.
Só que eu fui muito trouxa (como de costume) e peguei um cenário pra refazer. E vamos ser bem claros, eu estou estudando há algum tempo, mas meu estudo de cenário foi mínimo. Logo, o resultado foi bem frustrante. E tipo, fiz tudo errado, escolhi fazer no digital que é um meio que eu ainda não me sinto super confortável. Aí, enfim. Eu até pensei em refazer (mais uma vez) no tradicional pra eu me situar melhor, porém, quando fui ver, já estava saturada do desenho e não tava mais rolando de forma natural.

Deixo aqui o registro, o trabalho de 2008 e o de 2017:




O Silêncio é seu amigo

 Faz tempo que não venho aqui. A verdade é que volto aqui quando preciso desse espaço: um lugar quieto que eu possa falar sozinha na interne...